O número de mulheres que ocupam cargos de liderança tem aumento em nosso país. De acordo com dados da pesquisa Women in Business 2020, realizada pela empresa de consultoria Grant Thornton, 34% dos cargos de liderança nas empresas do mercado brasileiro são atualmente ocupados por mulheres. Estes dados também revelam um aumento de 9% em relação a 2019. Cada vez mais observamos iniciativas e esforços para que a diversidade e a igualdade se façam presente no âmbito coorporativo, tornando as organizações mais inclusivas e equilibradas. No entanto, os dados ainda não são tão satisfatórios, apontando que há uma longa trajetória a ser percorrida quando o assunto é igualdade de gênero.
Em um estudo recente sobre o tema, realizado pela IPSOS, uma empresa de pesquisa e de inteligência de mercado, os resultados mostraram que muitos aspectos ainda precisam ser transformados; pois, de acordo com as respostas, três em cada dez entrevistados relataram dificuldade e desconforto em serem liderados por uma mulher. Esse dado foi ainda maior entre homens: 31% se mostraram resistentes, contra 24% das mulheres.
Somados a isso, também foi observado que mulheres líderes são, geralmente, caracterizadas como “mandonas”, enquanto homens com mesmas características são apenas “líderes natos” e que a resistência frente à liderança feminina é observada - mais frequentemente - em empresas mais tradicionais e mais fechadas.
Os resultados ainda convergiram para outras duas conclusões importantes: homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo recebem remunerações diferentes e que as questões culturais tem grande influência neste contexto, tornando-se, muitas vezes, um impeditivo na luta pela igualdade de gênero no âmbito profissional.
As empresas, enquanto agentes de mudança tem um papel muito importante no enfrentamento deste cenário. É preciso, sem dúvida, que contem com ações práticas que ajudem a transpor essas barreiras, promovendo, assim, uma olhar cuidadoso e uma cultura inclusiva em todos os seus setores.
Para solucionar problemas complexos como esse, é fundamental o incentivo das altas lideranças, que necessitam estar comprometidas com essa cultura. Em outras palavras, a igualdade deve estar alinhada com a missão de qualquer organização.
É hora de mudar esse cenário; juntos e juntas!
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