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Síndrome do Pânico

De repente, o início rápido de um intenso desconforto: falta o ar, o coração acelera, a boca fica seca. Além do suor excessivo, um tremor invade o corpo. A sensação é a de que algo muito terrível vai acontecer. O temor de um enfarto e/ou de morrer se intensifica. É preciso fugir; encontrar ajuda em algum outro lugar.

Você, provavelmente, já se deu conta de que eu estou falando da ocorrência inesperada de alguns sintomas que caracterizam o que conhecemos como um ataque de pânico. É importante que tenhamos em mente que a maioria de nós está sujeito a ter um eventual ataque de pânico quando, por razões diversas, somos expostos a situações que nos levam a um estado de vulnerabilidade e desamparo. Doenças, morte de entes queridos, separações, mudanças importantes na vida, sobrecarga de trabalho e experiências traumáticas são exemplos de algumas situações que podem nos fragilizar tanto fisicamente quanto emocionalmente. Em momentos difíceis como esses, a exaustão vira companhia constante, e uma crise de pânico pode ser acionada.

Porém, se essas crises se tornarem repetitivas, você pode se deparar com o diagnóstico de Transtorno ou Síndrome do Pânico e com a indicação para a busca de ajuda especializada.

No campo da saúde mental, existem diferentes abordagens de tratamento que podem ser empregadas, melhorando consideravelmente a sua qualidade de vida que, muitas vezes, fica comprometida pelas restrições impostas pela insegurança e pelo medo de que uma nova crise possa ocorrer a qualquer hora e em qualquer lugar.

Isso, sem dúvida, traz consequências importantes: perde-se a liberdade, a autonomia; uma vez que as atividades cotidianas se tornam ameaçadoras. Não é à toa que muitas pessoas que desenvolvem a Síndrome do Pânico, comumente, sentem-se mais seguras com presença de alguém de sua confiança, principalmente, quando necessitam sair de suas casas.

Apesar de não serem poucas as dificuldades vivenciadas, aceitar que há um transtorno – que pode e deve ser tratado – ainda é um grande problema. O tabu e o estigma que permeiam o adoecimento emocional acabam por retardar a busca de ajuda, comprometendo o quadro e seus sintomas. Se você se vê em nesta situação, saiba que a combinação da ajuda psicológica, associada ao acompanhamento psiquiátrico é, em geral, o tipo de tratamento mais eficaz.

Também é fundamental que você saiba que o auxílio e o cuidado emocional não se tratam apenas de atenuar os sintomas e o sofrimento. Favorecer o autoconhecimento e dotar a pessoa de competências e recursos que viabilizem a retomada da vida com segurança e equilíbrio emocional são outros aspectos centrais.

Portanto, busque ajuda. É assim que você pode compreender que um diagnóstico como esse não é sinal de fraqueza; ele está ligado à maneira como vivemos. E isso pode ser transformador!




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